capitulos: 5,6...

Primeiro, escrever na rede literalmente não é tão confortável quanto eu pensei...vou ter que me ajeitar,
segundo, não é que o passado apareceu hoje do nada...e eu até que estava achando bom, mas o que me leva a outra questão...vale a pena retrô...ceder assim?
Uma música, um cheiro...e lá vem a lembrança que sofri tanto na época para esquecer, ou apenas não vivi, talvez? Vai ver esqueci e fui ser feliz... mas e daí, sobra a nostalgia que aquele tempo tráz 15, 16, 17 anos atrás, éramos os mesmos ou já nem somos mais? Tão novos,achávamos que o mundo seria nosso, ou que a nós pertencesse, em partes sim, quem sabe, mas em outras tantas...dilue-se com as novidades.
Aprendi a ser movida por algo que me emocione, seja um bicho, um quadro,uma meta, um livro, trabalho, sonho ou alguém...algo a mais... 
Preciso ter vontade prá sair do meu lar, e lar eu chamo onde estou ... querer interagir, agir e parar prá pensar, ou pensar sem parar... em algo ou alguéns... minha cabeça anda tão cheia de coisas, final do ano, tem aquele plano de mergulhar, e o Fernando? em Noronha? Quando vi, deixei escapar...os amigos inda vão...
Um curta prá editar, outro prá trilhar, uma viagem as pressas prá fazer, três amigas prá trazer, um carro prá vender, as unhas dos pés prá pintar, e praia na hora do lazer...
O que mesmo vou fazer?
Mando cartão de Natal, virtual?
Acho isso tão impessoal, mas fui ao correio, e nesse ano nem veio a tal caixa de final...que ajuda sempre a algo ou alguém,
árvore em casa?
Só na casa da Imara,ou na Jô q por insistência da Clara também pôs. O Chico levantou a perninha como quem diz que gostou!
Aqui nem posso pôr, rola um luto constante desde que meu pai se foi, e para quem colocaríamos es enfeites e os presentes, se o que mais gostava desses era mesmo meu pai...? A vozinha de um amigo morreu, mas 100 anos viveu , não quis ficar para esse Natal.
Penso que gosto de espalhar mensagens, alguns planos, um bocado de pano prá manga limpar. Mangas, ou Mangás(?)...gosto dos dois...um me faz devorar e outro me dá vontade de desenhar.
Fim de ano, a gente lembra da família da gente, de gente que nem foi ou ainda vai, gente como a gente, gente banal, gente feliz,e o caminhão do gás com aquela musiquinha...infernal,
da obrigação de falar sem querer com aquela vizinha da tia, que você jura,já vai falar mal de alguém.
Mas a época tem seu charme e um monte de renas, trenós e brechós, vovôs barbuchos a se fantasiar.
Nós, recebemos dois roteiros sobre o velinho ancião, quem sabe virem filmes no ano novão? Não sei...um tem final triste demais, a realidade invade a tela e fica parecendo novelão, daquelas que no México se há de chorar.
Bom ficar um tempo exilada do mundo, do meu próprio talvez, tenho tantos chips e números de telefone que as vezes me vejo ligando prá mim:
-Digo ALÔ?
-E eu mesma repondo: Ninguém!

Comecei a faxina de final de ano, joguei papéis e alguns planos, a dieta fica pro próximo ano, limpei as redes sociais, tirei aqueles que nem converso mais, e se converso não me respondem nada além...ufa, aliviei...saíram mais de cem, e sem tanta gente, sobram aqueles que vemos todos os dias, mas que por tanto ver, esqueço de perguntar: Olá e aí? Como vai?

Lembramos de coisas, de cheiros e lugares, mas lugares são memórias vivas de pessoas que as vezes nem foram, e insistem em estar de alguma forma.
Sinto uma falta danada de algumas amigas, da minha família e de uma etapa que mesmo ultrapassada, aqui ainda está.
Então depois que o passado apareceu, fico no quarto a pensar, amanhã será que vai dar prá pescar, surfar ou finalmente aprender a nadar?!



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